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Rapaz é assassinado pela PM enquanto tinha uma crise com sintomas psicóticos


No dia 12 de março, Damião Pertile de Andrade, de 30 anos, foi assassinado pela polícia militar em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, enquanto estava tendo uma crise com sintomas psicóticos.

De acordo com relatos de testemunhas e imagens de câmeras da região, Damião foi imobilizado e espancado no meio da rua por quatro policiais, vindo a falecer após a chegada do SAMU. O laudo do IML descreve inúmeras lesões por todo o corpo, presença de líquido nos pulmões, mas de forma absurda conclui que não é possível definir a causa da morte do jovem.

Damião trabalhava como terceirizado para a prefeitura de Pinhais, realizando reparos e manutenção nas ruas, e estava no horário de trabalho quando entrou em crise. Sua mãe, Ivonete, conta que desde criança o rapaz possuía transtornos psicológicos e que quando sua crise se agudizava ele apenas vagava pelas ruas orando e conversando com Deus. Pelo mesmo motivo o rapaz já havia sido agredido por policiais, em outro momento, com armas de choque e foi sua família que impediu que algo pior acontecesse.

Casos como os de Damião acontecem frequentemente em nosso país. Pessoas em sofrimento psíquico são vistas como uma ameaça e a violência, a contenção, o aprisionamento como forma de punição - essa é a lógica manicomial que permite que essas pessoas sejam agredidas covardemente pela polícia, muitas vezes até a morte. Um exemplo recente foi o caso de Genivaldo Santos, trancado por policiais em uma viatura cheia de fumaça de gás lacrimogêneo, em Sergipe, onde morreu asfixiado.

Memória

Damião era um rapaz trabalhador, pai de um menino de 9 anos, gostava de música e de assuntos religiosos. Era muito querido por sua família e colegas. Enviamos nossa solidariedade aos amigos e familiares de Damião, e nos somamos na busca por justiça e memória.

Justiça para Damião!
Pelo fim da violência policial! Pelo fim da polícia militar!
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