top of page

Racismo é base da violência policial

A Rede Nenhuma Vida a Menos foi criada para articular formas de proteção e resistência nos casos de violência policial em Curitiba e região metropolitana. E não é possível falar da brutalidade do Estado e suas forças de segurança sem pensar no racismo que estrutura a sociedade capitalista que vivemos – o racismo é motor dessa violência, é base das motivações e dos métodos que a polícia usa em suas abordagens e operações.

Essa é uma afirmação que se baseia mais do que em dados e estatísticas atuais que, sim, apontam para o fato de que a maioria das vítimas dessa violência são pessoas negras.

Historicamente, desde o processo de invasão colonial, negros e negras são vistos como inimigos sociais, selvagens que oferecem perigo, são desumanizados, tratados como animais. Esse foi um dos embasamentos pra retirada forçada de pessoas negras de diversas partes do continente africano e sua escravização, que no Brasil durou quase 400 anos. O caminho, óbvio, sempre foi construído a partir do uso de muita violência, na tomada de suas terras, no sequestro, na tortura, na dominação e exploração de seus corpos. A brutalidade era legalizada e por ser voltada a pessoas negras, tida como natural e aceitável.

Esse mecanismo não deixou de ser usado com a Lei Áurea e a falsa abolição. Pelo contrário, para controlar, subjugar e superexplorar negros e negras, em diferentes tempos, lugares e condições, o Estado continua aplicando métodos violentos através da polícia até o atual período dito democrático. Seja por dentro da lei, seja por fora dela.

Não é desvio de conduta: a violência é prática inseparável da instituição policial e o racismo é o seu principal fundamento.

Acabar com esses instrumentos é necessário para garantir a vida da população negra! Repensar a segurança pública, abolir as polícias e todos os mecanismos que produzem a morte e o encarceramento em massa é uma luta urgente!

Essa é nossa reflexão e reivindicação para o mês da consciência negra, em que as questões raciais são mais debatidas, mas pelas quais lutamos o ano todo: PELO FIM DAS POLÍCIAS E DAS PRISÕES!

Comments


bottom of page